Hoje é feriado aqui nos EUA. É o Thanksgiving Day. Dia de agradecer. Acordei disposta a entrar no clima desse feriado norte-americano. Dei uma lida na história desse dia e de como ele foi se tornando um feriado importante para os estadosunidenses.
Gosto de vibrar gratidão, então pensei que seria muito fácil entrar nesse clima. A gratidão é um sentimento tão forte em mim que pensei que seria muito fácil permanecer com ele o dia inteiro.
Gosto de vibrar gratidão, então pensei que seria muito fácil entrar nesse clima. A gratidão é um sentimento tão forte em mim que pensei que seria muito fácil permanecer com ele o dia inteiro.
Costumo dizer que Gratidão é o sentimento mais prazerosos para o corpo, ele é confortável. Toda vez que vibramos na sintonia da gratidão, nosso corpo relaxa e produz uma sensação confortável de prazer. Nada que pareça com a sensação corporal de um orgasmo, ou da paixão...ou mesmo até da alegria. A gratidão é confortável como um cobertor quentinho em dia de frio, ou um banho refrescante em dias de calor. As pessoas felizes, são necessariamente pessoas gratas, e as infelizes, com certeza são aquelas que não conseguem ser.
Pois é..acordei assim...tocada e conectada com essa vibração, e resolvi escrever sobre isso, até que liguei o computador e me deparei com a situação no Rio de Janeiro. Cenas chocantes, polícia, traficantes, uma verdadeira guerra ao vivo..sendo transmitida para a mundo.
Na mesma hora, meu corpo ficou tenso..meu coração apertou...minha respiração deu uma travada..a desconfortavel sensação do medo e indignação me tomou. Indignação e apreensão..sentimentos que me trouxeram de volta pra o mundo real e duro que o Brasil vive agora.
Estou aqui tentando agradecer pela vida e pensando naquelas pessoas com seus filhos e seus velhos que moram nessas favelas agora.
Estou aqui tentando agradecer por minha mente lúcida que pode distinguir o bem e o mal, e pensando nas pessoas que estão em pânico no Rio nesse momento.
Estou aqui tentando agradecer pelos meus filhos lindos e saudáveis, e penso nas mães desses traficantes que não tiveram nenhuma chance de educá-los. Sem querer associar pobreza a marginalidade, pois marginal rico é o que não falta, assim como pessoas do bem que cresceram na maior absoluta pobreza. Entretanto, mãe é mãe. Penso nas mães dos policiais que sabem ter seus filhos em uma verdadeira guerra.
Estou aqui no meu conforto pensando em agradecer por isso e pensando nos moradores trabalhadores e do bem, que vivem nas favelas que estão sendo ocupadas pelos traficantes e pelos policiais e que são reféns dessa situação caótica.
Queria tanto hoje só agradecer...queria tanto hoje só falar de coisas lindas...do Amor, da Vida...essas coisas...mas só consigo pensar que a vida é muito dura nesse momento para as pessoas que vivem nas favelas do Rio e que torço muito para que os danos sejam os menores possíveis, e que as autoridades possam perceber que a Impunidade é o grande mal do nosso país,...com nossos políticos corruptos, com nossa sociedade rica que mantém o tráfico vivo, com a justiça lenta que permite que criminosos estejam nas ruas... Sociedade sem educação e onde a impunidade é comum, não vai pra lugar algum!
Happy Thanksgiving!
Ludmila Rohr